O fim da escala 6×1 representa uma mudança necessária para modernizar a legislação!

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“O fim da escala 6×1 representa uma mudança necessária para modernizar a legislação!”

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pela deputada Erika Hilton busca modernizar a legislação trabalhista brasileira ao propor o fim da escala 6×1 – que exige seis dias consecutivos de trabalho para apenas um de descanso – sem reduzir os pagamentos. A proposta passou a contar com apoio das principais centrais sindicais brasileiras e visa alinhar o Brasil aos padrões internacionais que privilegiam a qualidade de vida e o bem-estar dos trabalhadores. Experiências de países como Alemanha e Canadá, que possuem jornadas significativamente menores, demonstram esse avanço.

No Brasil, a jornada de trabalho 6×1 é uma realidade predominante em diversos setores, exigindo que muitos trabalhadores cumpram 44 horas semanais ou até mais horas trabalhadas, sem um descanso considerável. Embora vantajosa para alguns setores empresariais, essas jornadas causam desgaste físico e mental, afetando a qualidade de vida dos trabalhadores. Além disso, estudos mostram que uma carga semanal intensa está relacionada ao aumento de doenças ocupacionais e maior rotatividade, fatores que impactam a produtividade e aumentam os custos com saúde.

A PEC 6×1 propõe que, ao oferecer mais dias de descanso aos trabalhadores, o Brasil siga uma tendência mundial de valorização do tempo livre e de busca por um equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, que tem trazido resultados positivos em diversos países. A média de horas trabalhadas semanalmente na Alemanha, por exemplo, é de 34,2 horas, significativamente menor do que as 44 horas semanais trabalhadas no Brasil. Em 2019, algumas áreas da indústria alemã passaram a permitir a redução temporária da carga horária.

O Canadá tem a menor média de horas trabalhadas entre os países do G20, com uma média semanal de 32,1 horas. Assim como a Alemanha, o país oferece um regime flexível, com muitas empresas incentivando jornadas reduzidas e promovendo o trabalho remoto e horários adaptáveis. Essas práticas visam melhorar a saúde ocupacional e reduzir o estresse, aumentando a retenção de talentos e a produtividade. Na União Europeia, a legislação estabelece uma carga horária máxima de 48 horas semanais, incluindo horas extras, mas a maioria dos países adota jornadas consideravelmente menores. Países como Países Baixos, Áustria e Noruega destacam-se por suas semanas de trabalho médias mais curtas da Europa.

A proposta pelo fim da escala 6×1 representa uma mudança necessária para modernizar a legislação trabalhista brasileira, colocando o país em sintonia com os avanços de nações que já experimentam os benefícios de uma jornada mais equilibrada. Mais dias de descanso e uma jornada menos exaustiva. O trabalhador brasileiro agradece.

 

Tiago Gonçalves Pereira

Presidente do Sind. dos Trab. nas Indústrias da Alimentação de Rio Preto e Região

João Pedro Alves Filho

Presidente do Sind. dos Trab. nas Ind. Químicas de Rio Preto e Região

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